Bom, mas apenas para fãs ou admiradores do gênero
Em 1999 (se não me falha a memória), numa destas aventuras que só o rock
progressivo pode proporcionar, saí do Rio de Janeiro e fui à Pouso Alegre
(MG) para assistir um show de Fernando Pacheco. Nesta ocasião, ele tocou
novas versões do seu trabalho anterior (Recordando o Vale das Maçãs). Ali
travamos bom contato e permaneceu uma amizade. Foi assim que tive contato
com o que viria a ser este trabalho lançado pela Rock Symphony, Spirals of
Time. Com uma nova geração de músicos brasileiros, Pacheco e cia. trazem-nos
quase 60 minutos de boa música, em sua maior parte instrumental. A banda é
excelente, o que facilita a audição deste trabalho. Não há nada de novo no
som, mas em compensação as músicas são maravilhosas. Sendo boa parte delas
instrumental, com certeza você pode esperar longas passagens com arranjos
ora complexos, ora melódicos. Todos os instrumentos tem os momentos de
destaque, principalmente teclado e guitarra e gosto muito da cozinha desta
banda! Os vocais são interessantes, o que já está bom em se tratando de
progressivo nacional, mas lamento que não sejam em português, o que atrairia
mais atenção do público estrangeiro. Os garotos mostram grande entrosamento
e qualidade sob a "supervisão" de Pacheco. Só não consigo entender porque
Nélio Porto não faz parte do grupo, mesmo assinando três das quatro músicas
do CD. Por falta de opção no progressivo nacional, este CD deverá estar
entre os melhores de 2006. OBS: Deu para perceber que a banda tirou o nome
das iniciais dos nomes dos integrantes? |
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