Extremamente bom, um clássico ro rock progressivo
Após o ótimo Ashes Are Burning, o Renaissance apresentou Turn of the Cards, em que dá ênfase a músicas de maior duração com mudanças de clima que já apareceram no álbum anterior, e conta com ótimas performances de todos os músicos.
"Running Hard" mostra a banda acompanhada por orquestra, e termina com uma progressão envolvente, num arranjo simples mas eficiente. "I Think of You" é uma balada bonita e típica do Renaissance, que sempre executou esse tipo de música com maestria. "Things I Don't Understand" mistura um pouco dos dois climas das faixas anteriores até um final empolgante, com excepcional performance da soberba Annie Haslam e destaque para o bom baixista Jon Camp.
Em "Black Flame", o clima fica um pouco mais sério, com boas melodias vocais e destaque para o ótimo John Tout nos teclados e piano. "Cold Is Being" apresenta a Annie Haslam em mais uma boa performance acompanhada somente por órgão, e embora o resultado não seja ruim, fica um pouco abaixo do resto do disco. Por fim, "Mother Russia", fecha o disco com chave de ouro com arranjos orquestrados mais complexos e melodia vocal sensacional, uma das melhores músicas que a banda gravou em toda a sua carreira.
A maior ênfase em músicas mais longas mostra o Renaissance caminhando em direção ao formato mais ousado e complexo que mostrou em seu disco seguinte, Scheherazade and Other Stories, considerado por muitos o melhor disco da banda. Eu prefiro a proposta de Turn of the Cards, em que arranjos complexos e formato das composições se encaixam de forma mais equilibrada e resultam num disco obrigatório para os fãs de rock progressivo. |
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