Bom, mas com ressalvas
Caress Of Steel inaugura uma nova fase para a banda, onde começam a mesclar faixas hard, menos ácidas que nos discos anteriores é verdade, com faixas de orientação mais art rock, especialmente as suítes The Necromancer e The Fountain Of Lamneth.
Muitos consideram esse um trabalho de transição mas considero que ele é apenas o inicio de uma fase de mudanças que ainda se estenderia por vários outros álbuns.
Se por um lado os vocais de Geddy Lee ainda guardavam uma interpretação demasiado hard para o que as músicas pediam, por outro é possível notar uma melhor acomodação tanto da bateria de Neil Peart quanto dos solos de Alex Lifeson, especialmente na suíte The Necromancer, onde ele tem atuação bastante destacada.
Outra questão que chama a atenção é a dificuldade do grupo em integrar as diferentes partes de suas suítes, já que são constituídas por diversas músicas, mais que nada unidas apenas pelo conceito e nem tanto pela evolução de suas melodias.Pode ter sido proposital, porém essa descontinuidade faz com que se perca muito na evolução dos temas musicais.
Caress Of Steel também apresenta uma grande evolução em relação aos temas das letras, abordando com maior profundidade conteúdos mais introspectivos como o envelhecimento, aspectos da história como a queda da Bastilha bem como trata de forma mais obscura as aventuras vividas pelos personagens de Tolkien.
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