Ótimo trabalho, disco de cabeceira
Duo peruano formado pelo guitarrista Marco Antonio Villa-Lobos (guitarra e voz) e pelo baterista Adrian Arguedas Saman (bateria, vozes, ruidos). Enquanto Marco Antonio é um concertista que trabalha na França, Adrian é baterista de jazz e rock progressivo de bandas peruanas. Museo Heterodoxo é o primeiro trabalho do duo e é baseado em um dos piores sentimentos humanos: o medo. O CD foi gravado em única seção de improvisos e é baseado, segundo os músicos, em uma experiência sobrenatural enfrentada pelos músicos envolvendo espíritos e demônios Incas. O CD tem quatro faixas, uma de oito minutos seguida por outras de aproximadamente 20 minutos cada. As faixas foram gravadas quase de modo ininterrupto pelo duo como um longo improviso. Na primeira faixa Marco Antonio usa muitos acordes e com bastante criavidade impõe constante mudanças no andamento, sendo acompanhado por Adrian que sabe onde colocar o peso do rock quando necessário e onde a percussão mais subta deve reinar; o uso dos pratos é muito interessante ao longo de todo o trabalho. Na segunda faixa o dedilhado na guitarra é mais explorado. Vocais que lembram cantos indígenas afloram aqui e ali, bem como chamadas guturais que vão fazer inveja em alguns vocalistas do metal. A última faixa é a mais interessante, com muit anergia e solos mais energéticos e bateria mais pesada, às vezes com dois bumbos é, com certeza, a faixa mais interessante do CD. Embora o título nos arremeta ao sinfônico duende/fadinha, cuidado, o som é pesado, baseado principalmente em improvisos e as vozes guturais e macabras vão assustar os ouvintes mais bem comportados. |
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