Obra-prima, irretocável
John Surman é conhecido pelos apreciadores do jazz britânico. John Surman tem carreira prolixa, tendo gravado ao lado de John McLaughlin, Chris McGregor’s Brotherhood of the Breath, Paul Motion, Bill Frisell, Graham Collier, Miroslav Vitous, Jack DeJohnette e Terje Rypdal. No final dos anos 60, entre 1968 e 1969, Surman participou de mais de 20 gravações, incluindo os dois primeiros trabalhos de John McLaughlin (Where Fortune Smiles e Extrapolation). No final de 1969, ele partiu para a Bélgica para formar The Trio, com Stu Martin e Barre Phillips, banda que trouxe seu nome para a atenção do jazz mundial. Antes de sua partida, Surman convocou alguns colegas para uma sessão de gravação em 7 de outubro de 1969, no Tangerine Studio, Londres. A banda era formada por John Marshall (Nucleus, Soft Machine) na bateria, Brian Odgers (Roy Harper) no baixo, Mike Osborne (Harry Beckett, Chris McGregor’s Brotherhood of the Breath), no sax alto, John Taylor (Soft Machine, Larry Coryel, Miroslav Vitous), piano elétrico e o próprio Surman nos sax barítono e soprano. As gravações ficaram perdidas por décadas e foram recentemente lançadas pela Cuneiform Records. Way Back When trás o melhor do fusion britânico do final dos anos 60. Apreciadores da fase 3, 4 e 5 de Soft Machine ou dos primeiros trabalhos da banda Nucleus vão ter grata surpresa com o CD. Apesar de não haver os teclados de Ratledge, marca registrada do Soft Machine, o espírito do som do final dos anos 60 e início dos anos 70 aparece aqui com muito força. A gravação não foi remixada para preservar o som original em sua total integridade. A influência de In a Silent Way de Miles Davis é direta, com presença marcante do piano e baixo elétricos e da bateria com rítmos fortes, tudo isso coroado com solos soberbos de Surman e Mike Osborne. Um tesouro desenterrado. |
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