Ótimo trabalho, disco de cabeceira
Rock progressivo italiano chega a ser uma febre que ataca muitos fãs e colecionadores do rock progressivo; por muitos, o progressivo italiano é considerado A NATA do progressivo sinfônico. Da Itália, eu prefiro as bandas que se inveredaram para a vanguarda, para o jazz e para o jazz-rock, tais como Área, Stormy Six, Picchio Dal Pozzo e Arti & Mestieri. Arti & Mestieri é minha segunda maior paixão italiana. Quando eu ouvi Giro di Valzer per Domani pela primeira vez, todo aquele liricismo e harmonia nas dobradas de sax e violino alternadas com a levada precisa, de criatividade inegualável e explosiva do baterista Furio Chirico, eu fiquei completamente chapado. Vinte sete anos após eu ter ouvido A&M pela primeira vez sai o CD First Live in Japan e a energia, criatividade e a fúria de Furio ainda continuam intactas. Esse CD resume o melhor dos albums Tilt e Giro di Valzer, além de conter algumas faixas dos CDs mais recentes. Do Tilt eles apresentam o lado 1 do Lp integralmente, Tilt (Suite). Impecável. Para continuar, Giro di Valzer (Suite) apresenta, com arranjo novo, a suite com boa parte do album, além de algumas faixas novas; a suite é constituida por Valzer per Domani, com ótimos solos de violino e sax, Mirafiori, Nove Lune Prima, Mescali/Mescalero, Nove Lune Dopo é uma parte nova, variação lenta e com vocal da composição com nome semelhante do Lp, Aria Pesante e termina com Dimensione Terra, que tem solos magistrais de sax e teclado. Beppe Crovella usa bastante o Hammond, o que adiciona algo especial em alguns desses clássicos. Após as duas suites, existem mais seis faixas. Kawasaki é solo de piano muito bonito. Glory a balada composta na época dos dois primeiros Lps e que saiu na coletânea de faixas inéditas Articolezione. Marylin, outra balada é composta por vários solos, começando com piano, depois bateria e sax soprano. As três últimas faixas, Arcensiel, Alba Mediterranea e 2000, são dos dois últimos trabalhos de estúdio, Murales e Estrazioni e trazem a marca registrada da banda, que mistura tarantela, jazz e rock progressivo; viradas constantes na bateria e muita energia. A formação dos concertos no Japão tem sete membros e é quase a mesma do último CD Estrazioni; não conta com Gigi Venegoni, tem outro violinista e vocalista. O CD é excelente e deve agradar totalmente os fãs da banda, como eu. Altamente recomendado. |
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