Extremamente bom, um clássico ro rock progressivo
Hugh Hooper, com seu fuzz bass, foi o baixista da fase mais vanguarda do Soft Machine, que inclui os maravilhosos 3, 4 5 e 6, de modo que não é estranho vê-lo participando ou liderando projetos ou formações com os dois pés no improviso. Numero D’Vol, seu último projeto é um quarteto formado por Hugh, Simon Pickard, sax (In Cahoots), Steve Franklin (teclados) e Charles Hayward, bateria (This Heat, Massacre, Grosso Modo, My Secret Alphabet, Canberwell Now). Uma hora de improvisos elaborados sobre pequenas idéias pré-concebidas com Hooper-Hayward segurando a cozinha de modo mais tradicional ou quebrando tudo em suporte aos solos de sax e piano. Os teclados são usados frequentemente como pano de fundo contínuo sobre o qual o piano se sobrepõe em solos angulares, com longos dedilhados sem economia de notas. Em boa parte das faixas, a cozinha é pulsante, com rítmos que aceleram ou desaceleram conforme a intencidade que os solos requisitam. A harmonia entre os músicos é grande e muitos dos improvisos soam como composições. Um CD que serve para mostrar que improviso não é sinônimo de barulheira. Mais uma obra interessantíssima para o curriculum de Mr. Hooper. |
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