IQ - Tales From the Lush Attic - Progbrasil

IQ

Inglaterra
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Titulo: Tales From the Lush Attic
Ano de Lançamento: 1983
Genero:
Label:
Numero de catalogo:

Revisto por Marcello Rothery em 16/02/06 Nota: 9.0

 

Extremamente bom, um clássico ro rock progressivo

Após uma turnê muito bem sucedida, onde a banda, com seu 1º cassete debaixo do braço, vendido nos shows, começa a conquistar os primeiros fãs, a criatividade e a euforia estão à toda. O ano era 1983, e nesta época o movimento neo-progressivo começava a surgir e ganhar força na Europa, principalmente na Inglaterra.

Pois foi neste período que a banda entrou em estúdio para gravar seu primeiro álbum por uma gravadora oficial, a Samurai. As músicas já estavam prontas, e vinham sendo tocadas nos shows há um bom tempo, e o resultado é que a banda precisou de apenas 4 dias para gravar o disco inteiro, e 1 para mixá-lo. Uma rapidez assustadora, dada a complexidade das composições.

O disco abre com o épico The Last Human Gateway, que em seus quase 20 minutos de duração nos mostra um resumo das marcas do rock progressivo : diversas mudanças de melodia, climas de moogs, intervenções de mellotron, algumas quebras de ritmo, falsos finais, andamento da letra como uma história, solos chorados de guitarra, melodias marcantes que não saem da cabeça do ouvinte, e um final apoteótico, com teclado de vozes e um lindo solo de guitarra. Um dos mais belos momentos da carreira do grupo. Destaque também para a voz de Peter Nicholls, excelente aqui.

A seguir, Through the Corridors, um tema curto, quase uma vinheta, onde a guitarra de Mike Holmes sola alucinadamente.

Awake and Nervous abre com um solo de sintetizador que se tornaria um dos mais famosos do grupo,e o refrão é coberto por um teclado de vozes, com um resultado belíssimo. Grande presença de Martin Orford. A voz de Peter, mais uma vez, emociona.

A seguir, uma vinheta de piano, num clima mais clássico, uma espécie de abre-alas para o épico The Enemy Smacks, que em seus 14 minutos é marcado por mais intervenções cheias de melodia de teclados e guitarras. Outra peça fundamental na carreira do grupo, presente até hoje nos shows.

Na versão em CD do álbum, há uma faixa adicional, a bela Just Changing Hands, comandada por um maravilhoso solo da guitarra de Mike Holmes, um dos melhores de sua carreira.

Um disco recomendável para os amantes do progressivo, e indispensável para os fãs do IQ e do neo-progressivo. Uma obra fundamental para a sobrevivência do movimento, que quase morreu no fim dos anos 70.

Obs. : para quem tiver paciência de esperar, há uma vinheta escondida no final do CD.
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