Affinity - 1971-72 - Progbrasil

Affinity

Inglaterra




Titulo: 1971-72
Ano de Lançamento: 2003
Genero:
Label:
Numero de catalogo:

Revisto por Marcello Rothery em 12/03/06 Nota: 8.5

 

Fantástico, vai rolar direto no meu som

No início de 1971, a banda sofreu um tremendo baque : a saída da vocalista Linda Hoyle e do tecladista Lynton Naiff, que eram talvez os grandes destaques do grupo. A voz de Linda e o órgão hammond de Lynton eram quase a sua marca registrada.

No entanto, o que pouca gente sabe é que a banda, apesar disso, seguiu em frente. Os membros remanecentes partiram em busca de substitutos. Após testar algumas vocalistas, viram que o único nome capaz de ocupar o posto era o da jovem Vivienne McAuliffe. Eles tiveram contato com Vivienne na universidade de Exeter, quando fizeram um dos últimos shows da formação original. Vivienne, na ocasião, era vocalista de uma banda local : Principal Edwards Magic Theatre.

Para os teclados, recrutaram Dave Watts, ex-membro de uma banda chamada Tornados, através de um anúncio na Melody Maker.

Inicialmente, a banda se dedicou a adaptar o repertório original à nova formação. Porém, logo eles começaram a compor novo material, em cima do perfil da nova cantora, cuja voz lembrava a de Sonja Kristina do Curved Air. Paralelamente a isto, começaram a fazer alguns shows.

Infelizmente, esta nova formação não durou muito tempo junta. Após alguns problemas, os músicos se dispersaram, e a banda chegou ao seu fim em meados de 1972, sem que nada chegasse a ser lançado comercialmente.

Recentemente, foram descobertos registros desta formação. Ensaios e gravações demo foram reunidos, e já havia material suficiente para quase um álbum inteiro. Foram momentos de nostalgia para os músicos, pois Vivienne faleceu em 1998, aos 50 anos. E de repente, eles tinham à sua frente registros de 30 anos atrás, de surpreendente qualidade musical e de áudio, apesar de serem apenas demos e ensaios.

O referido material, completado com duas novas canções instrumentais que Mo e Mike fizeram, deram origem a este álbum. A qualidade de áudio é impressionante, pois apesar de alguns retoques terem sido feitos, a essência das gravações não foi mexida, e mostra a banda muito afinada. O som está um pouco mais concentrado nas guitarras de Mike, e é mais roqueiro, embora mantenha os flertes com o jazz e o folk. A voz de Vivienne está impecável. São 9 canções de muito bom gosto melódico, e de certa forma mais acessíveis do que o material original da banda (para o qual contribuiu o compositor B.A. Robertson, que fez a primeira faixa sozinho, e co-escreveu mais duas com Mike).
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